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Mostrando postagens de abril 24, 2008

PRECISO DE UM AMIGO(A)

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Que me olhe nos olhos quando falo. Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência. Preciso de alguém, que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado; alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso. Neste mundo de céticos, preciso de alguém que creia, nesta coisa misteriosa, desacreditada, quase impossivel de encontrar: A Amizade. Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa. Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida. Mesmo que isto seja pouco para as suas necessidades. Preciso de um Amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite em coro comigo: "Nós ainda vamos rir muito disso tudo" Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher o meu Amigo. E nessa busca empenho a minha própria a

A PRECE DO SILÊNCIO

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Quando a tempestade da cólera explode no ambiente, despedindo granizos dilacerantes, vemo-la por antena de amor, isolando-lhes os raios, e se o temporal da revolta encharca os que tombam na estrada sob o visco da lama, ei-la que surge igualmente por força neutralizante, subtraindo o lodo e aclarando o caminho... Remédio nas feridas profundas que se escondem na alma, ante os golpes da injúria, é bálsamo invisível, lenindo toda chaga. Socorro nobre e justo, é a luz doce da ausência ajudando e servindo onde a leviandade arroja fogo e fel. Filha da compaixão, auxilia sem paga impedindo a extensão da maldade infeliz... Ante a sua presença, a queixa descabida interrompe-se e pára e o verbo contundente empalidece e morre. Onde vibra, amparando, todo ódio contém-se, e o incêndio da impiedade apaga-se de chofre... Acessível a todos, vemo-la em toda parte, onde o homem cultive a caridade simples, debruçando-se, pura, à maneira de aroma envolvente e sublime, anulando o veneno em que a treva se nu