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Mostrando postagens de dezembro 27, 2011

AS MARGARIDAS...

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“Elas já abriram?” Perguntava minha tia, cheia de esperanças à minha mãe. “Ainda não Biluca.” Respondia ela, com toda a paciência deste mundo, como se ela estivesse falando comigo, quando eu era bem pequeno. Pela posição dela na cabeceira da cama de minha Tia, eu podia ver seu sorriso silencioso, enquanto ela continuava a tricotar e eu sabia que ela estava sorrindo por causa da pergunta que Tia Biluca havia feito, pois era uma pergunta muito comum de se ouvir dela naquela época do ano. Nas ultimas semanas de sua doença, minha Tia continuava a viver para ver florir as margaridas de seu canteiro no quintal dos fundos da casa dela. Às vezes eu ainda penso que a única razão por ela não ter sucumbido mais cedo ao câncer que a levou deste mundo, foi para poder ver pela ultima vez as margaridas que ela tanto adorava abertas em flor. Eu não compreendia o porque daquela paixão pelas margaridas de seu quintal, pois havia outras flores que de longe eram muito mais belas que as margaridas. Eu s...