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Mostrando postagens de julho 3, 2011

PROCURA-SE

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A aurora desperta pelo azul do mar, A quietude outonal que rasga o dia, a vida que ressurge rara após noite escura. Procura-se a esperança que saiu voando sem rumo, uma alma alada como pássaro, que desapareceu entre o céu e o mar. Procura-se sonhos pássaros perdidos na névoa tardia, ventos leves, leves como o pensamento. Procura-se uma chance, uma sorte, uma nova saída, uma ilha, um pouco de paisagem, um verso capaz de descrever o instante. Sônia Schmorantz

HORIZONTE

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Quero recostar minha cabeça em teu peito E permanecer em teu abrigo Sentindo teu calor, teu cheiro E esquecer que existo Porque eu estaria completo: Completamente mudo, completamente surdo Completamente alheio e cheio de tudo: De tudo o que preciso ter para sentir prazer Não quererei comer, não quererei falar Não quererei beber, não quererei andar Não quererei mais nada A não ser esse eterno e tenro momento Que remete à primeira experiência de mim E que seja este o fim Relbier Oliveira
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Eu quero qualquer coisa mágica, qualquer coisa azul, qualquer forma de ser feliz. Não quero acordar cedo, quero prolongar o sonho mesmo que a história seja trágica. Não quero sonhos falsos, Não quero destino já traçado, Não quero uma vida básica. Não quero restos ou pedaços Não quero olhar o relógio, Não quero um tempo sádico. Quero valer um mar azul uma estrela na varinha de condão um poema de efeito mágico, que seja fácil, que seja simples, nem litúrgico, nem letárgico, mas que fale ao coração... Sônia Schmorantz
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O tempo se esfumaça na janela em que se espreita a vida. O alaranjado entardecer traz nostalgia como se a vida também desaparecesse com o sol ao final de cada dia. Não se vive uma história sem amor Não se faz um caminho sem coragem Não se passa os dias em branco. Há em cada dia uma chegada e uma partida, coisas que estão além do bem e além do mal. Cada dia tem sua dose de ironia e de amor sua dose de rotina e sua dose de humor, mas quando chega ao final morrem com ele tudo que se passou, morremos nós. Ficam as lembranças do que marcou, o resto fica num labirinto de imagens, engavetados na memória, sem uso... Cada dia amanhece e anoitece à mesma hora, cada um com seu destino ou desatino, entre um e outro há o tempo que não volta. O tempo parece brincar entre acasos e ocasos, dias compridos, coisas novas e coisas velhas. Depois desarruma tudo e vai embora... Sônia Schmorantz