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Mostrando postagens de dezembro 3, 2008

E LÁ FICOU MEU CORAÇÃO...

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E lá ficou meu coração... Nas ruas de terra, no duro chão. Nos morros imensos Onde o olhar alcançava o infinito. Infinito... intensamente bonito! E eu menina No desabrochar da vida Corria descalça, morro abaixo. O vento a penetrar minhas narinas; um perfume de mato molhado Do início da manhã. Florinhas esparsas, tão delicadas! A enfeitar a verde grama. Passavam cercas, das humildes casas. Rápidas árvores, suaves murmúrios de vozes meio dormentes, quase sussurros... Cachorros latindo ao longe. As aves deliciando-se no imenso céu azul. Borboletas coloridas como as vidas, daqueles que moravam por ali. Vida bela! Vida solta! Vida livre! Livre coração! Felicidade... Tanta! E eu nem vi Tão embevecida estava na imensidão do tempo e do espaço, da terra em que nasci. ( MASJ ) Classificada e publicada no Livro Contos e Poemas do Brasil Volume V - Editora Litteris - 2.003

OLHA O TEU JARDIM

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OLHA no teu jardim as rosas entreabertas,e nunca as pétalas caídas; OBSERVA em teu caminho a distância vencida e nunca o que falte ainda; GUARDA do teu olhar os brilhos de alegria e nunca as névoas de tristezas; RETÉM da tua voz risadas e canções e nunca os teus gemidos; CONSERVA em teus ouvidos as palavras de amor e nunca as de ódio; GRAVA em tua pupila o nascer das auroras e nunca os teus poentes; CONSERVA no teu rosto as linhas do sorriso e nunca os sulcos do teu pranto; CONTA aos homens o azul das tuas primaveras e nunca as tempestades do verão; GUARDA da tua face apenas ascarícias, esquece as bofetadas; CONSERVA de teus pés os passos retos e puros, esquece os transviados; GUARDA de tuas mãos as flores que ofertaram, esquece os espinhos que ficaram; De teus lábios CONSERVA as mensagens bondosas, esquece as maldições; RELEMBRA com prazer as tuas escaladas, esquece o prazer fútil das descidas; RELEMBRA os dias em que fostes água limpa,esquece as horas em que foste brejo; CONTA e mo