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Mostrando postagens de janeiro 3, 2014

O LIMITE DE CADA UM

O garoto olhava as gotas de chuva que batiam suavemente na janela. Embora seu olhar estivesse fixo, sua mãe podia perceber que seu pensamento estava muito longe dali. Aproximou-se do pequeno e, afagando seus cabelos, perguntou com doçura: "Algum problema, meu filho?" O menino aconchegou-se à mãe e sussurrou baixinho: "Nada, não." Embora a resposta negasse, a atitude dele demonstrava que algo não ia bem. A mãe conhecia muito bem o seu rebento. Sabia que alguma coisa o incomodava. Abraçou-o com carinho e esperou que ele mesmo começasse a falar. O fato de estar disponível e atenta a ele era uma motivação para que ele se abrisse espontaneamente. Não tardou para que ele ficasse um tanto inquieto naquele abraço e dissesse à mãe, sem levantar os olhos: "Não quero participar da apresentação do teatro este ano." A mãe pegou-o pela mão e, sentando-se, colocou o pequenino no seu colo.