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Mostrando postagens de abril 30, 2008

CANÇÃO DAS MULHERES

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Que o outro saiba quando estou com medo e me tome nos braços sem fazer perguntas demais. Que o outro note quando preciso de silêncio e não se vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos se precisar ficar um pouco quieta. Que, se estou apenas cansada, o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais. Que o outro sinta quanto me dói a ideia da perda e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida, não porque lá está a sua verdade, mas talvez por culpa ou acomodação. Que, se começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles, o outro não desconfie logo de que é culpa dele, ou que não o amo mais. Que, se estou numa fase má, o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde, nem dizendo: "olha que estou a ter muita paciência contigo". Que, se me entusiasmo por alguma coisa, o outro não a despreze nem me chame de ingénua, nem queira fechar essa porta necessária que se abre para mim, por mais tola que ...

COMECE POR VOCÊ

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Para quem tem olhos de ver, em toda parte ensinamentos se fazem presentes. No túmulo de um bispo anglicano, que está na cripta da Abadia de Westminster, na praça do Parlamento, em Londres, pode-se ler o seguinte: Quando eu era jovem, livre, e minha imaginação não tinha limites, eu sonhava em mudar o mundo. À medida que me tornei mais velho e mais sábio, descobri que o mundo não ia mudar. Reduzi, então, meu campo de visão e resolvi mudar apenas meu país. Mas acabei achando que isso, também, eu era incapaz de mudar. Envelhecendo, numa última e desesperada tentativa, decidi mudar apenas minha família, os mais próximos, mas, ai de mim, eles não estavam mais ali. Agora, no meu leito de morte, de repente percebo: se eu tivesse primeiro me empenhado apenas em mudar a mim mesmo, pelo meu exemplo eu teria mudado minha família. Com a inspiração da família e encorajado por ela, teria sido capaz de melhorar meu país e, quem sabe, poderia até ter mudado o mundo. * * * Quase sempre, pensamos e a...