Em minha alma há um espaço escondido que abriga um desejo singular.
Há momentos em que eu o sinto perdido por entre as vontades, tristonho, a vagar...
Minha alma o reconhece desde outra dimensão em sua solidão jamais esquece o sabor da mais intensa ilusão...
Há que se perpetuar pela eternidade a docilidade que o envolve ternamente.
E há que se perder por entre os anéis da idade a fragilidade que o conserva intermitente.
Em minha alma há um espaço proibido onde vive aprisionado um duende...
alegre, infantil, quase atrevido.
Mas que ninguém, jamais o compreende...
Minha alma o acolhe com ternura alimentando-o em sua prisão,
O seu confinamento é uma tortura a derramar toda amargura, em meu próprio coração.
Há que se criar uma brecha no tempo por onde ele possa, finalmente se expressar.
E há que se permitir ao desatento um vão momento para se libertar...
Em minha alma há este duende a desejarum vôo aos pés do Cristo Redentor.
Há um espaço vago, que teima em pulsar.
Vibrando com loucura o meu amor...
Priscila de Loureiro Coelho
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