AQUARELA DA PAZ
O homem, criado para habitar as estrelas, se debate nos vales sombrios da Terra, entre dores e sofrimentos...
Feito de luz, se perde nas sombras da própria insapiência...
Criado para a felicidade, caminha a passos largos na direção de abismos gerados pelo egoísmo e o orgulho.
Essência imortal, o homem, esquecido da sua eternidade, se compraz nas sensações que consegue retirar do corpo frágil e finito.
Detentor das cores delicadas para esboçar uma aquarela de paz, cria paisagens deprimentes e desoladoras com as tintas densas da própria ilusão...
O homem, herdeiro das moradas infinitas da casa do pai, se agarra, desesperado, aos bens passageiros que este ínfimo planeta oferece, como meio de evolução.
O homem, extenuado da luta, medita...
Deseja, sinceramente, a paz... Mas como conquistá-la?
Tem sede de amor... E abandona o ninho...
Precisa conhecer a verdade... Mas se confunde nas armadilhas da mentira...
O homem precisa, mais do que nunca, da união fraternal, e vaga solitário e sem rumo...
E, mais uma vez vamos encontrar nas asas libertas do coração do poeta, uma receita de felicidade:
Para você encontrar a paz,
É preciso ter a paz
Dentro do seu coração
Para você encontrar o amor,
É preciso ter amor
E amar o seu irmão
A gente vive como passarinho
Que precisa ter do seu ninho
P'rá cantar com o coração
Precisa destrancar nossa janela
E dizer que a vida é bela
Conclamando à união
Para você encontrar a verdade
É preciso que a verdade
Esteja dentro de você
Ame, tenha paz, seja verdadeiro
E verá que o mundo inteiro
Lhe convida a crescer
A gente vive como passarinho
Que precisa do seu ninho
P'rá cantar com o coração
Precisa destrancar nossa janela
E pintar com aquarela
Os acordes da canção
Para você encontrar a paz,
É preciso ter a paz
Dentro do seu coração
Para você encontrar o amor,
É preciso ter amor
E amar o seu irmão
Equipe de Redação do Momento Espírita.
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